Perguntas frequentes
Mudar significa olhar para o que queremos ser, para o que queremos ter, o que queremos atingir e colocarmos o foco nisso mesmo. Assim tornar-se-á mais fácil não encontrarmos desculpas que nos impedem de concretizar a mudança que tanto desejamos. Pedir ajuda é um ato de coragem. E é natural que qualquer ato de coragem venha acompanhado de dúvidas. Neste espaço poderá encontrar algumas perguntas que geralmente são comuns a quem decide iniciar este caminho, para que possa tomar a sua decisão de uma forma consciente e informada.
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Qual o papel do psicólogo?
O papel do psicólogo tem como objetivo ajudar a pessoa a refletir sobre as suas questões, auxiliá-la no processo de autoconhecimento e dar-lhe ferramentas para que encontre as suas próprias soluções e alternativas para resolver os seus conflitos.
A terapia é um espaço para refletir, para a realização de uma auto regulação pessoal, onde a pessoa ganha conhecimento sobre si mesmo de modo a conseguir evoluir. Quando devo levar o meu filho ao psicólogo?
Esta é uma questão que pode surgir aos pais quando algo os preocupa em relação ao seu filho, seja porque o seu comportamento se alterou, porque está com dificuldades na escola, porque a criança (ou mesmo a família) está a passar por uma fase mais difícil, podendo os motivos ser muitos e diferentes.
Uma forma de ponderar sobre se será o momento de procurar um psicólogo poderá ser tendo em conta três aspetos: a intensidade, a frequência e a duração das manifestações comportamentais. São comportamentos tão intensos que estão a prejudicar o dia-a-dia do seu filho (e da família)? Acontecem de uma forma mais frequente daquela que acontecem com as outras crianças da mesma idade? Já duram há algum tempo? A resposta afirmativa a estas questões poderá ser um indicador de que é a altura de procurar apoio. como explicar ás crianças quem é o psicólogo e o que lá vai fazer?
Explicar à criança que terá consultas com um psicólogo deverá ser encarado com a naturalidade com que se encara qualquer outra consulta, em que a criança é informada momentos antes ou de véspera da consulta, mas não com demasiada antecedência. Explique de forma simples, honesta e sem ansiedade.
Deve explicar ao seu filho, na véspera da consulta, que amanhã irão ao psicólogo para que este o ajude a ultrapassar algumas dificuldades que ele possa estar a sentir. Pode dar alguns exemplos: há crianças que estão sempre zangadas com as outras crianças; outras que não emprestam nada aos outros; outras que choram muitas vezes porque se sentem tristes; outras que têm muita vergonha de estar com os outros meninos; etc. E uma vez que estes problemas incomodam as crianças, elas precisam de uma ajuda especial. E quem dá esta ajuda especial são os psicólogos. É possível que a criança pergunte quem é o psicólogo. Deve-se dizer o nome e explicar às crianças que os psicólogos são diferentes dos professores ou dos médicos. Nas consultas de psicologia, a criança poderá brincar, fazer desenhos e conversar sobre tudo o que quiser com o psicólogo. As diferenças entre a psicologia e a psiquiatria:
Antes de mais, um Psiquiatra é médico, enquanto o Psicólogo não o é.
Relativamente à intervenção, esta é distinta, sendo que na Psicologia se utilizam técnicas e instrumentos de avaliação apropriados, bem como, a intervenção que privilegia a relação terapêutica. O Psiquiatra, por sua vez, recorre à medicação, o Psicólogo não pode medicar. O Psicólogo pode intervir em variadas problemáticas, quer de origem fisiológica, quer emocional. E, neste sentido, ambas as áreas poderão complementar-se cada uma com as respetivas técnicas e intervenções promovendo o restabelecimento emocional e psicológico do paciente. Será também importante referir que qualquer pessoa poderá recorrer à Psicologia, mesmo que não possua uma perturbação psicológica, podendo simplesmente iniciar um processo terapêutico ao nível do seu autoconhecimento ou por alguma questão que tenha surgido na sua vida e tenha provocado um desequilíbrio emocional. Quanto tempo dura um processo psicoterapêutico?
A forma de intervenção e os modelos psicoterapêuticos que cada terapeuta utiliza podem ser diferentes e daí ser sempre difícil prever quanto tempo pode durar um processo de terapia. O próprio pedido do paciente bem como a sua colaboração ao longo do processo, têm também influência sobre esse mesmo tempo. No entanto, um processo psicoterapêutico pode durar três meses, seis meses, um ano ou mesmo mais tempo do que isso.
De qualquer das formas, mesmo que o cliente tenha apenas algumas consultas de Psicoterapia, esse trabalho é sempre útil e benéfico, nomeadamente numa situação de crise, sendo que a psicoterapia pode ser vista como uma forte aliada no processo de superação de uma etapa mais difícil da nossa vida. Concluindo, e fazendo uma média, o ideal para ter resultados positivos e permanentes, é a pessoa ter pelo menos 6 meses de Psicoterapia, com regularidade semanal, o que equivale, a mais ou menos, 24 sessões. Como se processa a consulta?
Existem vários Modelos Psicoterapêuticos, pelo que dependendo daquele que o terapeuta em questão usa, todo o processo pode ser diferente. De acordo com o modelo teórico com o qual trabalho, a primeira consulta serve para o paciente expor a sua situação atual e o que o fez marcar a sua consulta de Psicoterapia.
Nesta consulta o terapeuta vai explorar um pouco mais esse pedido, de forma a compreender bem a situação e o mundo interno do cliente e é iniciada a relação terapêutica. Nesta consulta, define-se também a necessidade, ou não, de realizar uma Avaliação Psicológica, recorrendo a testes psicológicos específicos para o pedido em causa. Caso seja necessário realizar uma Avaliação Psicológica, no caso infantil, serão necessárias cerca de 4 sessões para a aplicação de testes, de forma a podermos conhecer melhor a criança. No caso do adulto, essa avaliação decorrerá na segunda sessão, de forma a podermos avaliar, de uma forma global, o funcionamento mental, emocional e relacional do cliente. No final da avaliação, o terapeuta entrega o relatório escrito da Avaliação Psicológica ao paciente, explica os resultados e dá sua opinião técnica sobre a situação atual do paciente. É nesta consulta que é definida a necessidade ou não de iniciar um processo psicoterapêutico. Caso se decida avançar e continuar o processo, o trabalho terapêutico vai-se desenrolando nas sessões seguintes, as quais devem ser marcadas, de preferência, sempre no mesmo dia da semana e à mesma hora, e são realizadas, normalmente, com periodicidade semanal. Nas sessões, o paciente deverá começar a sessão trazendo algum tema que o esteja a incomodar ou que queira trabalhar e a partir daí o diálogo terapêutico desenrola-se e flui, permitindo que o paciente se sinta mais organizado. Quanto tempo demoram as sessões?
As consultas de Psicologia de Adulto e do Adolescente tem a duração média de 45 a 50 minutos, as consultas de Psicologia Infantil duram entre 35 a 45 minutos, as consultas de Terapia Familiar e de Casal têm a duração de 90 minutos.
O papel dos pais e o papel das crianças em consulta.
Na primeira consulta são recebidos os Pais e a criança. Este primeiro contacto tem como objetivo perceber o pedido dos pais em relação à criança, bem como o primeiro contacto e estabelecimento de relação entre o Terapeuta e a criança. Num segundo momento, ou segunda consulta, realiza-se a entrevista anamnésica, identificando o pedido, e situando a problemática atual da criança na relação com a sua história familiar. Através de um diálogo não diretivo, os pais terão oportunidade de identificar, e associar a sintomatologia presente com a sua história de desenvolvimento.
Nas sessões seguintes de psicologia infantil, que decorrerão apenas com a criança, será através do brincar, desenhar e falar, que se estabelece uma relação terapêutica com a criança, que vai permitir-lhe desbloquear as suas dificuldades e adquirir os recursos e competências que precisa, para continuar o seu desenvolvimento de forma harmoniosa. Neste trabalho é fundamental o envolvimento dos pais, que em casa devem seguir as prescrições do terapeuta no que diz respeito à forma de se relacionarem com a criança. Como funcionam os testes psicológicos e para que serve a avaliação psicológica?
O processo de Avaliação Psicológica, que frequentemente se constitui como a fase inicial de um processo psicoterapêutico, é um método rigoroso de análise do comportamento humano onde são aplicados um conjunto de testes psicológicos, instrumentos, ou técnicas, como observação comportamental, de forma a identificar as problemáticas da criança/jovem, as expectativas dos pais e os contornos da intervenção psicoterapêutica. A informação recolhida e devidamente analisada é no final devolvida aos destinatários através de um relatório escrito, onde são elaboradas propostas de intervenção ou encaminhamento.
O meu filho não sabe que área de estudos escolher.
O Psicólogo pode ajudar? Qualquer processo de escolha pode ser marcado por ansiedade e medos, mas sobretudo os jovens quando têm de escolher a área de estudos que querem seguir, a incerteza em relação ao futuro pode acentuar essa ansiedade e esses medos. Neste sentido, a Orientação Vocacional realizada pelo Psicólogo propõe-se a auxiliar os jovens a lidar melhor com esses sentimentos, promovendo o autoconhecimento e reflexão sobre a escolha profissional. A orientação vocacional deve ser compreendida como um processo que envolve diversas atividades e instrumentos de avaliação específicos, com intenção de compreender os interesses profissionais, aptidões, valores e características de personalidade de cada um, facilitando, desta forma, a tomada de decisão em relação ao futuro.
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