Sara Loios - Psicologa Clinica, Life Coach, Terapeuta Familiar e de Casal
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Blog de Psicologia e Coaching
​ “Palavras que Libertam”

Construindo e desatando o(s) nós da relação

3/12/2019

1 Comment

 
Construir uma vida a dois pode tornar-se desafiante.
Sobretudo depois da fase do namoro onde tudo parece perfeito, onde existe o investimento constante no outro que escolhemos para nosso parceiro de vida, onde existem demonstrações de afeto, a necessidade de estar com o outro e as famosas borboletas na barriga.
Construir uma vida a dois casal

Com o decorrer do tempo, sem nos apercebermos e sobretudo se nada fizermos, o interesse vai-se dissipando.
Damos a relação como garantida e assumimos que já não temos mais nada para conhecer acerca do/a nosso/a parceiro/a e assim vamos ficando, as borboletas vão voando e não disfrutamos da relação como poderíamos desfrutar.
E é exatamente este ponto que me proponho a refletir aqui convosco, passando a mensagem de que é possível manter a curiosidade, o interesse, o entusiasmo nas relações mais longas.

Mas não se esqueça de que uma relação é composta por duas pessoas e são preciso os dois para dançar o tango. Não espere que aconteça, faça também por acontecer.


Quando duas pessoas se juntam, seja pelo matrimónio ou por qualquer outra forma de união, dão origem a um novo sistema, a sua nova família.
E como qualquer sistema, a família é também ela composta por vários subsistemas, ou seja, núcleos mais pequenos em que se agrupam cada um dos elementos da família.
No caso do casal, forma-se o subsistema conjugal.
Casal e união

E neste novo subsistema, é necessário serem desenvolvidas novas funções e realizarem-se algumas tarefas básicas que no futuro irão prevenir que surjam assuntos tabu, questões mal resolvidas, porque decisões que anteriormente eram pensadas individualmente, devem agora passar a ser tomadas como casal.
Ou seja, torna-se essencial a forma como “marido e mulher”, pela sua identidade, pela sua própria história, pela cultura da família de origem, vão fazer uma síntese de ambos, construindo – o “nós” – a relação.
E este é o primeiro passo para uma relação bem sucedida, porque de que adianta uma relação socialmente vista como muito afetuosa se não existem as bases, as fundações?
Faça por si, por vós e não pela imagem que passa para fora.
Faça por​ serem felizes!

Recorde-se de que é a comunicação e o diálogo que previnem que o vosso nós se torne num nó.


E quando esses nós se formam?


E se fosse tão simples como passar a aceitar que gostam do/a vosso/a companheiro/a, simplesmente porque gostam?
Quando um casal procura a Terapia de Casal é porque um deles ou os dois já encontraram dezenas de razões para não gostar do outro, esquecendo-se do mais importante que é exatamente o que os levou a querer estar um com o outro.
É como se o amor estivesse decomposto em pequenos pormenores que, hipervalorizados, levam ao desamor.
Também é certo que o amor por si só não chega para manter uma relação de longa duração.
A forma como se expressa o amor, as cumplicidades que o suportam, as relações com as famílias de cada um, os papéis parentais e a relação com os filhos são variáveis muito importantes no sucesso temporal do amor. ​

E por essa razão, deixo-vos algumas sugestões para um casamento feliz:

1. Não invadir o espaço do outro


O casal é um conjunto de duas pessoas, com regras de funcionamento que estão para além de cada um.
Importa perceber que no momento em que um casal se forma, formam-se tendo em conta três elementos: o eu, o tu e o nós.
E cada um destes elementos tem uma identidade e uma vida própria, pelo que é importante que nem o casal, nem os cônjuges enquanto indivíduos se esqueçam de que autonomia, partilha e negociação são instrumentos fundamentais de articulação.
Uma identidade uma vida própria
É de facto a individualidade de cada um que reforça a relação e permite sentir uma inovação permanente que advém das experiências que cada um traz para a relação.
No entanto, esta individualidade é por vezes travada pela necessidade de controlo e pelo ciúme que, em alguns casais se torna muito frequente.
Ao longo do tempo de vida do casal é natural que as necessidades de espaço individual vão variando, alternando entre períodos de maior necessidade de aproximação e outros de maior autonomia.
É por isso, importante respeitar estes espaços individuais de forma a que cada um se sinta compreendido na sua individualidade, ou seja, nos seus desejos, nas suas necessidades, nos seus valores, nas suas atitudes, nas suas expectativas, nos seus comportamentos, nas suas aprendizagens, i.e. nas suas características físicas, cognitivas, emocionais e morais.

2. Aceitar o passado de cada um


Não são poucas as vezes que surge em terapia assuntos relacionados com o passado de cada um  dos elementos do casal, em que o/a parceiro/a mostra ciúmes relativamente ao que o outro viveu antes da relação atual, fazendo por vezes comentários sobre a forma de estar de um e de outro no passado, minando desta forma a relação atual.
Ciúmes dos antigos amores, daquilo que o outro possa ter vivido mais intensamente do que mostra estar a viver atualmente, de amores imaginados como não resolvidos, de contactos que se mantêm, de relações de amizade que tiveram num relacionamento amoroso o seu início.
Aceitar o passado de cada um
Por vezes estes ciúmes podem ir para além do campo amoroso e são sentidos ciúmes das relações familiares do/a parceiro/a, de fidelidade antigas, que uma vez atacadas podem pôr em causa a própria relação conjugal.

Aceitar o outro significa aceitar a sua história, com a certeza que não podemos voltar a rescrevê-la.


Torna-se mais fácil se aceitarmos que não fizemos parte dessa história.
Que a história de cada um continua dentro de si próprio mas que isso não impede de forma alguma que todos nós não possamos escrever novas histórias, novos capítulos com a pessoa que escolhemos querer ter a nosso lado.

3. Não dizer tudo ao outro


Este é um ponto que poderá gerar alguma discórdia e aceito que assim o seja porque de facto cada casal é único.
E embora quando um casal recorre à terapia de casal como uma forma de ver a sua relação melhorada, importa reforçar que o casal é o único responsável pela sua própria mudança pois são os elementos do casal que melhor do que ninguém se conhecem a si próprios.
Cada casal único

Aqui dotamos o casal de ferramentas para que eles próprios possam ir redescobrindo novas formas de estar, de se relacionar.


E como cada casal é único, será o próprio casal que deverá criar o seu próprio registo relacional, embora muitas vezes esta não seja uma tarefa consciente, como se de um código da relação se tratasse, em que estão inscritos os procedimentos a ter nas mais diversas situações.
Compete então a cada um decidir o que fazer com alguma emoção que tenham sentido, com algum facto que tenha acontecido.
Acima de tudo, decidir em função da importância que isso teve para o próprio, que terá para o outro e o impacto que terá para a relação.

4. Estar sem os filhos, em casa ou na rua


Uma das perguntas que se deve fazer a si próprio é: há quanto tempo não fazem férias sem crianças, vão jantar fora os dois, ou estão em casa sozinhos?
Apesar das grandes mudanças na cultura familiar, continua forte a ideia de que o casal deve subordinar a sua vida aos filhos.
Evidentemente que podem existir dificuldades práticas, nomeadamente, a não existência de rede familiar ou social de apoio, que possa ficar umas horas ou mesmo alguns dias com os seus filhos.
Mas podem, por exemplo, propor a troca de serviços com algum casal amigo, que também tenha filhos pequenos.
Casal com filhos

5. Respeitar a família de cada um


De acordo com a literatura e experiência clínica, um dos sinais de pior prognóstico num casal é o corte de relações com a família do outro.
Respeitar a família do outro não é só manter relações de maior ou menos cordialidade, é também e sobretudo não a desqualificar pelos seus hábitos, valores e dinâmica familiar.
​
Quando escolhemos o nosso parceiro, escolhemos todo este sistema familiar que na maior parte das vezes tem mais diferenças do que semelhanças com o nosso.
Respeitar a família de cada um
Há seguramente muitas interações que nos são totalmente estranhas, muitas formas de expressar os afetos e as emoções que não entendemos, mas o pior erro que se pode fazer é ter a presunção de que se pode mudar o padrão relacional de alguém com a sua família de origem.

Nunca, num casal, se deve colocar o outro numa situação de "ou eles ou eu".


6. Saber surpreender o outro


Não deverá ser surpresa se lhe disser que um dos maiores inimigos da relação conjugal é a monotonia.
A monotonia dos hábitos, a rotina diária, mas sobretudo a monotonia dos comportamentos e das reações emocionais.
Nas discussões conjugais é frequente ouvir-se: “não vale a pena falares, porque já sei o que vais dizer”. ​
Mesmo que o outro tenha coisas novas para dizer, com este tipo de comentários torna-se compreensível que possa perder o interesse em fazer diferente.
Um pequeno gesto, novo, criativo, diferente, pode inverter esta situação.
Saber surpreender o outro
Uma frase, uma ideia, um convite para qualquer coisa de novo podem desbloquear a monotonia relacional.
Olhe para o casamento como algo criativo, como se de um contrato de trabalho se tratasse, em que apenas se renova automaticamente se mostrarmos e investirmos o nosso tempo e dedicação.

7. Não se isolar, estar com amigos


Quantas vezes já ouvimos alguém queixar-se que quando algum amigo começa a namorar se afasta.
É verdade, há casais que têm tendência a viver a sua relação, sem grandes contactos com o exterior, para além da família.
Se o isolamento na fase inicial da relação amorosa é natural e até fortificado, com o tempo pode tornar-se asfixiante e impedir a entrada de novos estímulos.
​
Mas o ciúme também pode contribuir para dificultar a permeabilidade do sistema conjugal, ou seja, a entrada de novos membros.
Estar com amigos
Quando um dos membros do casal olha com desconfiança para tudo o que é exterior à família, e vê em cada amigo ou colega de trabalho do cônjuge um rival, o casamento pode passar a funcionar como uma panela de pressão em que algo que saia da rotina seja o suficiente para fazer o outro rebentar.
A solução pode passar por integrar os dois mundos que mais lhe trazem felicidade.

8. Rir muito


É frequente ouvirmos, em terapia de casal, quando se questiona a cada um porque escolheu o outro, surgir como resposta o sentido de humor.
Uma relação em que o humor existe, é uma relação em que mais facilmente se revolvem os “amuos”, em que os períodos de tristeza são mais fáceis de ser ultrapassados, em que cada um tem a capacidade de se rir de si próprio nas fases críticas.
Rir muito casal

9. Passear muito


O espaço da casa, mesmo de uma boa casa, pode tornar-se claustrofóbico, principalmente com crianças pequenas e ao fim-de-semana.
Algumas famílias vão acumulando um estado de tensão, levando a que o dia possa culminar em discussões a partir do nada.
Sejam flexíveis, respeitem as necessidades de cada um, podendo apenas ficar sossegados ou fazer um programa diferente.
Uma coisa é certa, suporta-se mais facilmente a rotina se houver uma oportunidade de saída.
Viajar em casal

10. Dar presentes sem ser nas datas oficiais


Toda a gente gosta de receber presentes, sobretudo quando não está à espera.
​
Nos casais, o significado deste gesto pode potenciar a ternura que o dia-a-dia faz esquecer.
Dar presente

11. Aprender a aceitar as diferenças​


Os casais preocupam-se mais em encontrar aquilo que os une do que o que os separa.
Como se de algo cultural se tratasse, em que o ​procedimento conjugal tende, desde o namoro, a encontrar pontos comuns na procura da alma gémea.
Casal
Quando se percebe que isto não é assim tão linear, querem mudar o outro, moldando-o aos seus desejos: tarefa em que despendem muita energia e muitas horas de discussão.
Ainda que, num casal que saiba negociar bem as suas diferenças, o tempo acabe por aproximá-los nas suas formas de reagir e até nos seus gostos, a tensão será menor, se cada um entender que há coisas no outro que não são possíveis de mudar.

12. Não confundir o todo com as partes


É bastante comum nas rotinas dos casais que a partir de circunstâncias irrelevantes surja um ataque à personalidade do outro.
Quantas vezes já ouviu: “queres ir ao cinema?
Não! É sempre a mesma coisa, nunca queres fazer nada, és uma chata”.
Como se o outro fosse e reagisse sempre de igual forma.
Num casal, a preservação dos pequenos traços de personalidade de cada um é muito importante.
Confundir amor com imagem refletida no espelho pode ter efeitos devastadores na relação.
Casal - terapia de casa

A relação conjugal vai sendo estruturada entre a rotina, mais ou menos rígida, e a criação de espaços de atenção ao outro que reforçam o sentimento de ser único para a outra pessoa.


O amor é o que sentimos pelo outro, mas também o que outro sente que nós sentimos.
Ao longo da vida de um casal são os pequenos sinais, quase impercetíveis, que têm um papel de descodificação de sentimentos.
É a ausência destes sinais que pode criar um sentimento de insatisfação.  

Se sente que está a ultrapassar uma fase menos boa na sua relação não hesite em pedir ajuda! A terapia de casal poderá ajudar-vos a reencontrar a vossa harmonia, o vosso equilíbrio.


Dra. Sara Loios - Psicóloga Clínica, Life Coach, Terapeuta Familiar e de Casal
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Sobre a Dra. Sara Loios

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Artigo desenvolvido em parceria com
​Learn2Be - Clínica de Psicologia e Coaching
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It's important to remember that communication and dialogue are key in maintaining strong relationships.

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    AUTORA: 
    Dra. ​SARA LOIOS

    Psicóloga Clínica, Coach, Mestre em Terapia Familiar e de Casal. Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses. 


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